
A Egrégora pode ser definida como uma energia resultante da união ou da soma de várias energias individuais. Ela é formada pelo afluxo dos desejos e aspirações individuais dos membros daquele grupo. Um exemplo é o amor familiar que gera um fenômeno espiritual que mantém a união da família, cria a empatia entre essas pessoas, o telessomatismo etc.
Caso essa egrégora fosse dissipada, a família se dissiparia, pois não haveria identificação entre seus membros. Não haveria, assim, vínculo entre eles. A mesma unção ocorre com um agrupamento filosófico. Cada agrupamento – templo, Loja, corpo - tem a sua egrégora que nada mais é que sua alma coletiva, resultante do somatório das energias anímicas de cada um dos membros que se põem em harmonia no êxtase do amor fraterno: “porque aí manda Iahweh a benção, e a vida para sempre”. Esse somatório anímico é uma poderosa central de energia magnética capaz de interferir e gerar uma série de fenômenos.
Na egrégora os símbolos têm conteúdos transpessoais, isto é, seus significados são comum à toda a humanidade. Estes símbolos são idênticos a si mesmo em todo ser humano, são os chamados arquétipos.
Quando o homem reconhece honestamente que há problemas que não pode resolver com os próprios recursos – como o desamparo e sua fragilidade - cria condições de reação da egrégora e faz despertar e surgir forças profundas da natureza humana. Para este sentimento surge também uma necessária resposta eterna.
Toda vivenciação transpessoal provinda da egrégora é perturbadora, pois solta em nós uma voz muito mais poderosa que a nossa. Ela fala por meio de símbolos primordiais como se tivesse mil vozes; comove, subjuga elevando o sentimento de fraqueza humana à esfera do contínuo devir, eleva o destino pessoal ao destino da humanidade, e com isso solta em nós todas aquelas forças benéficas de desde sempre possibilitaram à humanidade salvar-se de todos os perigos e também sobreviver à mais longa noite.